O Conecta 60+ conversou com a médica veterinária Ana Paula Pereira Ramos sobre a importância da relação do bichinho de estimação e o idoso – que vai muito além de ser uma boa companhia.
A médica veterinária Ana Paula Pereira Ramos diz que cuidar de um animal de estimação é um estímulo importante, que ajuda o idoso a se sentir menos só, a criar hábitos saudáveis e, fisiologicamente, o amor que os animais e os donos desenvolvem faz com que ambos liberem ocitocina, hormônio importante para a sensação de bem-estar. As brincadeiras e o carinho que existem na relação entre o pet e o seu tutor proporcionam mais atividades e troca de afeto que, juntos, melhoram até quadros de depressão. E as pequenas atividades rotineiras, como dar comida, trocar a água, trocar o tapete higiênico ou limpar a caixa de areia dos gatos, em horários específicos, são importantes para que o idoso exercite a memória e tenha uma boa vivacidade mental.
Como escolher o pet ideal
Para as pessoas com mais disposição e mobilidade, os cães de pequeno e médio porte são os mais recomendados, pois a necessidade de passeios diários mantém seus tutores ativos, contribuindo para uma rotina saudável de caminhadas. Já para os idosos mais sedentários ou com alguma dificuldade de locomoção, os gatos são mais indicados, pois geralmente são muito carinhosos, gostam de interagir, porém não necessitam de passeios frequentes A ressalva da médica veterinária é quanto às brincadeiras comuns dos gatos de arranhar, pois como a pele do idoso é mais fina e frágil, é preciso tomar um cuidado especial caso tenha problemas de cicatrização tecidual.
Já os animais silvestres, como aves e répteis, não são indicados, pois pode existir a transmissão de algumas doenças bacterianas e isso aumentar os riscos em caso de problemas preexistentes, além do fato deles não interagirem tanto.
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