A medicina integrativa atua de forma preventiva, com foco na particularidade do indivíduo, cuidando de todos os aspectos de saúde: a física, psicológica, mental, espiritual e social.
Dores lombares, articulares, dores no joelho e nos ombros: são muito frequentes durante o processo de envelhecimento e a atividade física é a melhor forma de prevenção dessas dores. Estudos apontam que, mesmo após o quadro de dor crônica instalado, a atividade física reduz a dor impedindo que os fatores que a desencadeiam se amplifiquem. O exercício também ajuda a manter ou restaurar força, resistência e flexibilidade musculoesquelética. Além disso, há benefícios psicológicos, como a redução dos níveis de ansiedade, estresse e depressão.
As atividades físicas ideais para a maturidade
Segundo a geriatra dra. Maíra Borges, há quatro tipos de práticas essenciais: exercício aeróbico, fortalecimento muscular, flexibilidade e equilíbrio. O melhor planejamento é aquele que combina esses quatro tipos de práticas e a atividade física ideal é aquela que você gosta de praticar aliada à supervisão profissional. Nos diversos estudos realizados na área demonstrou-se que todos os tipos de atividades físicas exercem um impacto positivo na redução da dor, não havendo um tipo específico cujos benefícios se sobressaiam aos demais. Dessa forma, o ideal é praticar uma atividade que seja prazerosa para o indivíduo, pois isso facilita muito a criação e manutenção até que vire um hábito.
Dra. Maíra ressalta que em relação aos idosos com maior fragilidade, como eles podem apresentar dificuldade do equilíbrio e reconhecimento espacial, as atividades físicas podem acarretar um importante risco de lesão, fazendo-se necessária uma supervisão rigorosa. Há um lema geriátrico conhecido como “start low and go slow” que define bem: comece com cargas mais leves e progrida lentamente!
O ponto de partida está na Medicina Integrativa
Estamos muito acostumados a focar na doença e no corpo doente, e a medicina integrativa oferece infinitas ferramentas para que o paciente não precise chegar ao estágio de doença para contorná-lo. Dra. Maíra afirma que considera a medicina integrativa como a medicina real e completa, já que pode trabalhar de forma preventiva, com foco no indivíduo e nas particularidades do seu processo de envelhecimento, cuidando de todos os aspectos de saúde: a física, psicológica, mental, espiritual e social.
Entender que a saúde vai muito além da ausência de doença é o ponto de partida da medicina integrativa. Um exemplo é que podemos estar diante de um organismo que não manifesta, fisicamente, nenhuma doença no momento, porém isso não é sinônimo de um organismo em equilíbrio – daí a importância de um acompanhamento integrativo.
[Essa matéria teve participação da geriatra Maíra Borges | CRM-SP: 160.711 | Instagram: @dra.mairaborges | www.geriatriaintegrativaborges.com.br]
