Para aprender sobre aplicativos e gadgets, segmento prefere ajuda de pessoas aos tutoriais de internet.
Assim como acontece com os jovens, os motivos que levam os idosos a buscarem novidades tecnológicas são diversificados. O primeiro deles pode ser a questão profissional. Foi o que aconteceu com o advogado Antônio José, 65 anos.
“Profissionalmente, a adesão à assinatura eletrônica e aprender a consultar os processos pela internet se tornaram uma realidade e precisei me adaptar”, relembra.
A situação vivida por José dialoga com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2019, que apontou o maior aumento no acesso à internet justamente entre os maduros. O percentual cresceu de 31,2%, do ano anterior, para 38,7%.
A dedicação para conhecer novidades já rendeu ao advogado boas surpresas, como aconteceu com os aplicativos de mensagens.
“Geralmente, quando experimento uma tecnologia e começo a perceber sua utilidade na minha vida, penso que poderia ter começado antes”, reflete.
Som digital
Já o lazer foi o que moveu a professora aposentada Dora Cudignola, 67 anos, a se aventurar em novas tecnologias. Recentemente, ela mergulhou no processo de digitalizar sua extensa coleção de CDs.
“Tenho dezenas de álbuns em casa e agora penso em doar essas versões físicas”, conta.
A pandemia do novo coronavírus também trouxe para o seu cotidiano o hábito de assistir lives nas redes sociais, algo que não havia experimentado até então.
“Nesse caso, opto pelo computador ao invés do celular. Acho a interação melhor e o tamanho da tela torna mais fácil de enxergar”, compartilha.
Na hora de aprender a mexer em gadgets ou aplicativos, tanto Cudignola quanto José preferem uma ajuda “humana” a assistir tutoriais na internet ou ler manuais.
“Geralmente, peço conselhos para os fundadores de uma Organização Não-Governamental (ONG) da qual participo”, diz a professora.
José, por sua vez, conta com o auxílio da filha. “Foi assim com os serviços de filmes por streaming”, relembra.