Turismo com ênfase cultural é tido como diferencial na hora de escolher pacotes e roteiros.
Sônia Senra tem 75 anos e baixa visão. Isso não a impediu de andar nas ruas do Vietnã, entre carros, motos e bicicletas que compõem um dos trânsitos mais intensos do mundo. “Digo que os meus passeios não são para fracos”, brinca.
Já a terapeuta Elza Therezinha, 71, cruzou a Índia ao lado de amigas, incluindo visitas a cidades distantes dos grandes centros.
“Não me lembro de deixar de viajar para um local por medo ou receio de alguma coisa”, garante.
As duas mulheres mostram que o perfil da viajante com mais de 60 anos é diverso e pode abarcar diferentes modelos de viagens, incluindo pacotes turísticos e atividades com grupos da mesma idade.
Therezinha, por exemplo, gosta de viajar com família, amigos ou grupos de desconhecidos, sejam eles da mesma faixa-etária ou não.
“Recebo periodicamente propostas de duas agências de turismo especializadas em pessoas maduras. Já viajei com ambas e foram ótimas experiências”, conta.
Senra, por sua vez, costuma viajar com o filho para roteiros mais inusitados, incluindo Turquia e Bolívia. Porém, também frequenta grupos de viagens com pessoas 60+ quando deseja roteiros tranquilos.
“Os participantes trocam experiências e se ajudam. Considero-me uma pessoa de boa convivência e costumo dividir quarto. A melhor prova disso é que até meus netos gostam de viajar comigo”, destaca.
Diferenciais
Therezinha já recebeu informações sobre intercâmbio para pessoas maduras e não descarta a possibilidade. “Fucei algo sobre o assunto no passado, mas não fui adiante”, lembra. Para ela, viagens que aliam turismo com conhecimentos sociais e culturais são diferenciais.
“Já viajei para circuitos nacionais com essas características e gostei”, pontua.
Senra também gosta de conhecer novas culturas. Tanto que acumula 38 países visitados e uma marca de 55 dias viajando pela Ásia.
“Gosto do sabor da vida e sou um ponto fora da curva quando o assunto são viagens. O único problema é o preço do euro e do dólar. Fora isso, não há tempo ruim”, conclui.