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Consultoria de gerontólogo em empreendimentos ajuda na criação de prédios acessíveis

Consultoria de gerontólogo em empreendimentos ajuda na criação de prédios acessíveis
[por Leonardo Dalla Valle]

Rampas, elevadores, iluminação, pisos e vagas de garagem devem ser pensados para garantir qualidade de vida.

A moradia é um fator importante na qualidade de vida. Para as 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos que vivem no Brasil, contudo, o desafio é encontrar empreendimentos imobiliários adaptados para essa nova realidade de vida. 

“Apesar do envelhecimento da população ser uma realidade no Brasil e no mundo, o mercado ainda não olha esse segmento de forma cuidadosa”, explica a gerontóloga e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Naira Dutra.

Coordenadora do Programa de Assistência Domiciliar ao Idoso e com trabalhos de consultoria a empreiteiras no passado, Lemos aponta duas situações comuns relacionadas à moradia: a pessoa jovem que comprou um apartamento para lá morar até envelhecer, e a madura que busca um lançamento para se mudar.

“Em ambos, elas não encontram o prédio adaptado. Por isso, há uma batalha pela acessibilidade e pela adoção do chamado desenho universal, que faz do imóvel acessível não apenas para o idoso, mas para todas as pessoas, independente de idade ou características físicas”, descreve.

Entre as adaptações mais comuns para o público 60+ estão, estão: rampas de acesso na entrada do prédio; elevadores em todas as áreas do condomínio; vagas para carros próximas ao elevador; corrimãos e escadas com degraus não muito altos; corredores e garagens bem iluminadas e pisos opacos e antiderrapantes para evitar quedas. 

Trabalho interdisciplinar

Segundo Dutra, construtoras e empreiteiras podem se beneficiar da consultoria de um especialista em gerontólogo para ajudar arquitetos e engenheiros a pensarem soluções para o público maduro.

“O que já vivenciei em consultorias é ver adaptações tidas como básicas pelo gerontológo serem completamente desconhecidas pelo restante da equipe. Por isso, a necessidade de um trabalho interdisciplinar”, aconselha.

Na hora de construir, o ideal é que os profissionais tenham em mãos todas as legislações acerca do tema. Além disso, a especialista aconselha uma pesquisa no bairro no qual o empreendimento será instalado para conhecer os hábitos e características a população idosa daquela região.

“Enquanto na Califórnia (Estados Unidos), vemos prédios mais baixos, o Brasil é marcado por condomínios verticalizados e com muitos andares. Além disso, pode haver muitas realidades referentes à população idosa dentro de um mesmo país ou município”, contrapõe.

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